O banheiro sujo de um motel decadente. Só nós dois. Até o fim, contra todas as consequências.
Naquele lugar de amores vulgares e banhos culpados, o chão de pastilhas brancas nunca havia visto nada igual. Duas criaturas livres brincavam seus impulsos mais interiores. Nos dominávamos e éramos da vida.
A ideia surgiu devagar, me tomou, me agradou e, sem barreiras, pedi a ela que fizesse. Minha vontade. E ela fez.
A língua enorme, grossa, molhada, abandonou a boca em chamas e tocou inteira o piso frio do banheiro do motel. Se espalhou como massa quente deixando um rastro de saliva que pingava da boca sorridente em linda meia lua...
E então soubemos que ela me amava e que me merecia profundamente seu.
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