27.7.09

Segundo (hoje eu to meio triste, sabe?)

Não quero mais ser o segundo. Sempre o segundo.
Aquela sensação antiga de ser um acessório para a vida me tomou de novo.
Não quero mais sentir que sou dispensável.
Aquele "que tinha qualidades" mas que não servia para balisar nada.
Não quero ser outro conto curto.
Aquela história de um autor sarcástico que diverte mas não transforma.
Não quero que minhas marcas se apaguem.
Aquele que não deixa lembrança profunda, só um estúpido ar de vaga saudade.

Se não for para marcar a ferro e a fogo, que sentido há?
Se não é pra ser amado e necessário, que sentido há?
Se não for pra ser intenso, que não seja nada.

Me lembro da menina que eu amava há vinte anos e que me queria como um grande amigo. Grande amigo porcaria nenhuma, eu queria beijá-la até cansar e vê-la chorar quando eu partisse. Mas eu me calei. Fui amigo e sumi ao longo dos anos em que os amores ocupam nos corações o lugar das amizades.

Um comentário:

εïз ~ DeSsa disse...

Eu me lembro do homem que eu amava mais eu o queria como um grande amigo. Grande amigo porcaria nenhuma, queria marca-lo em mim a ferro ea fogo, mais tive medo e ele partiu.