28.2.11

Escola de guerra

Sentamo-nos frente a frente e falamos por poucos minutos.
Negociações.

Uma eternidade sem respirar.
Diafragma em riste e pulmão em choque.
Minhas mãos geladas.

Falamos de nós tão diretamente quanto pudemos, mas sem verdadeira proximidade.
Cada corpo um país: sem sexo, sem invasão, sem ocupação do alheio, estamos sempre infinitamente sós.

Nesses tempos sombrios, copiamos a política,
o amor tem que ser incerto, violento e confuso.

Nos tocamos tão pouco.
Mas nos olhamos, belicosa.mente.

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