Uma batida.
Repetida.
Acelerada.
Ela toca.
O tempo todo.
Em todos os lugares.
É o país da alegria.
Cerveja e carnaval.
Festa e putaria.
Re-mi-xa-gem.
Batendo os sentimentos humanos
na piscina amarela da alegria.
Amor, dor, tristeza, solidão e perda,
curiosidade, raiva, revolta e liberdade
tudo moído em pasta de alegria.
Vai pra festa.
Pula canta dança beija grita mija trepa!
Cheira o pó da alegria.
Alegria cega, surda e muda.
Alegria entorpecida.
No dia seguinte: esquece.
Esquece a vergonha de não ser feliz.
Só a alegria é permitida
Só o sorriso bobo de quem sabe que a vida poderia ser mais.
Só a pupila dilatada do olhar vazio de quem sabe que amanhã acorda.
A manhã. A corda.
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