22.4.12

Compasso

Ela virou-se de costas pra ele, sem olhar nos olhos e nem dizer nada.

Com as nádegas tenras pressionou o pau de preto e sorriu largo ao sentir o volume duro passar pela sua bunda.

Ele reagiu rápido. Puxou-a pra perto aumentando a pressão entre os corpos. Levantou o vestido, baixou a calcinha e meteu o pau pra dentro, com uma voracidade que foi pra ela um reboliço. O cilindro grosso atravessando a carne, doendo e machucando
tão gostoso.

Era sexo com força, de ritmo intenso. Ouviam carne bater na carne. Ele a segurava pelos cabelos lisos, empurrando a cara linda e a boca aberta contra a parede. Sem movimento, ela sentia-se domada e pedia mais.

Mas a posse, que é via de mão dupla fazia ele ser todo dela. Não pensava, agia. Queria. Queria ser ela, estar nela, fazer parte dela. Então cuspiu duas vezes na cara dela. Dois fios grossos e molhados que escorriam agora pela pele branca. O arco longo de um sorriso completo e sedutor. A língua comprida que se contorcia para beber a saliva que agora era deles dois.

O ritmo aumentou naquela dor selvagem de não ser mais si mesmo. Os arfares e gemidos de uma foda sem pudor, no corredor de um prédio familiar. Ele gozou nela, ela se gozou. E descansaram em pé, apoiados um no outro, bocas nos ombros, porra no chão e o barulho de dois corações disparados sem compasso. Era amor.

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