Estão um
pouco bêbados e riem bastante. Se agarram, ela o coloca na parede,
levanta a blusa. Estão se amassando com vontade. As roupas vão
caindo, estão em arfantes. Ele abaixa as calças, as pernas dela em
volta dele. Ele penetra com dificuldade. Duas estocadas. Ela sorri
primeiro e logo sente dor.
Ela: Pára. Pára.
Tá doendo.
Ele pára, tira devagar. Eles evitam
se olhar. Ele passa a mão nos cabelos dela e vai pro banheiro.
Ela: Amanhã você
vai lá?
Ele responde de lá.
Ele: Vou sim. Quer
ir?
Ela: Acho que não.
To cansada e amanhã vou estar numa ressaca louca.
Ouve o chuveiro abrir.
Ela: Amor. Da onde
você conhece aquela moça?
Ele: Qual?
Ela: Aquela bonita
de vestido verde. Não lembro o nome dela.
Ele: Ah. Ela
estudou com meu irmão. Eles tavam dois anos atrás de mim no
colégio.
Ela vai aos poucos começando a se
masturbar. Sem estardalhaço, carinhosamente.
Ela: Hummmm. E quem
pegou ela na época, você ou ele?
Ele: (rindo) Os
dois acho. Mas ele não tenho certeza se conseguiu.
Ela: É. Você tem
bom gosto pra mulher. Ela é linda. Aposto que ela te deixou o
telefone.
Ele: Tá com ciúme,
é?
Ela: Depende. Eu
ganhei a aposta?
Agora o ritmo aumenta depressa.
Ele: Que aposta?!
Ela: Apostei que
ela te deu o telefone dela na festa...
Ela está quase gozando.
Ele: Ah amor. Pára
com isso. Claro que não deixou...
Frustrada, ela interrompe a masturbação.
Ele: ... e se tivesse
deixado eu ia te falar. Mas ela não é esse tipo de gente.
Ela: Ah tá. Você
já tá acabando? Preciso desesperadamente do chuveiro.
Ele: To quase.
Ela pega toalhas, roupas de dormir.
Senta na cama entediada. O chuveiro demora mas fecha. Ele sai se
enxugando e carregando as roupas que tirou.
Ele: É todo seu.
Ela sorri amarelo. Pega as coisas
dela e passa pro banho. Não se olham. Ele senta na cama e vasculha a
calça. Ouve-se o chuveiro abrir e uma porta fecha, deixando passar
só uma sombra dos sons do banheiro. Ele acha um pequeno papel no
bolso. Retira, olha e pensa um tempo. Olha pro banheiro um pouco
intrigado. Pega o telefone celular e transcreve um número do papel
para a agenda do telefone, com um sorriso levemente maroto.
Um comentário:
Senti.
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