6.11.12

Mentiras


Estão um pouco bêbados e riem bastante. Se agarram, ela o coloca na parede, levanta a blusa. Estão se amassando com vontade. As roupas vão caindo, estão em arfantes. Ele abaixa as calças, as pernas dela em volta dele. Ele penetra com dificuldade. Duas estocadas. Ela sorri primeiro e logo sente dor.

Ela: Pára. Pára. Tá doendo.

Ele pára, tira devagar. Eles evitam se olhar. Ele passa a mão nos cabelos dela e vai pro banheiro.

Ela: Amanhã você vai lá?

Ele responde de lá.

Ele: Vou sim. Quer ir?
Ela: Acho que não. To cansada e amanhã vou estar numa ressaca louca.

Ouve o chuveiro abrir.

Ela: Amor. Da onde você conhece aquela moça?
Ele: Qual?
Ela: Aquela bonita de vestido verde. Não lembro o nome dela.
Ele: Ah. Ela estudou com meu irmão. Eles tavam dois anos atrás de mim no colégio.

Ela vai aos poucos começando a se masturbar. Sem estardalhaço, carinhosamente.

Ela: Hummmm. E quem pegou ela na época, você ou ele?
Ele: (rindo) Os dois acho. Mas ele não tenho certeza se conseguiu.
Ela: É. Você tem bom gosto pra mulher. Ela é linda. Aposto que ela te deixou o telefone.
Ele: Tá com ciúme, é?
Ela: Depende. Eu ganhei a aposta?

Agora o ritmo aumenta depressa.

Ele: Que aposta?!
Ela: Apostei que ela te deu o telefone dela na festa...

Ela está quase gozando.

Ele: Ah amor. Pára com isso. Claro que não deixou...

Frustrada, ela interrompe a masturbação. 

Ele: ... e se tivesse deixado eu ia te falar. Mas ela não é esse tipo de gente.
Ela: Ah tá. Você já tá acabando? Preciso desesperadamente do chuveiro.
Ele: To quase.

Ela pega toalhas, roupas de dormir. Senta na cama entediada. O chuveiro demora mas fecha. Ele sai se enxugando e carregando as roupas que tirou.

Ele: É todo seu.

Ela sorri amarelo. Pega as coisas dela e passa pro banho. Não se olham. Ele senta na cama e vasculha a calça. Ouve-se o chuveiro abrir e uma porta fecha, deixando passar só uma sombra dos sons do banheiro. Ele acha um pequeno papel no bolso. Retira, olha e pensa um tempo. Olha pro banheiro um pouco intrigado. Pega o telefone celular e transcreve um número do papel para a agenda do telefone, com um sorriso levemente maroto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Senti.