Eu fiquei alguns dias pedindo (em forma de reclamação, medo, preocupação) a esse deus estranho que é o subsconsciente, para voltar a sintonia com o mundo criativo talvez artístico de se refletir em forma de palavras.
E ele me manda uma imagem dessas...
Num alto andar de um prédio abandonado, guiando uma sexy aluna. Passos por um museu de cadáveres de quem, em momento de estranho êxtase, mutilou-se até a morte. Gente que transformou um pequeno prazer de picada de agulha ou corte de gilete em delírio luxurioso e foi até o fim, furando a própria carne para gozar e morrer. Várias dezenas de feridas na garganta ou no olho direito, auto-infligidos. Morte suicida, deformação e um sorriso orgástico na face morta, maquiada. Branca e vermelha.
Eu, eloqüente, explicava que o fenômeno resultava da proximidade neurológica entre a dor e o prazer. Oferecia a longa agulha de metal, e ela, convencida, maldito sorriso delirante, atacava o próprio rosto lindo que sangrava.
Acordei assustado. Tenho medo do prazer que me deu ensiná-la o prazer da dor.
Só serei livre quando não for professor.
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