17.8.12

Amor

A silhueta do teu rosto dorme por entre cabelos. Linda.

imagino
(Corro a curva da sua testa, do teu nariz. Toco teus lábios nas pontas trêmulas dos meus dedos. Sinto tua pele com textura de nuvem, tua temperatura de calor descansado e a umidade inventada dos teus lábios que infecta e ocupa minha carne)

Estou irremediavelmente você.

Não é corpo nem sexo. É te tragar pra me entorpecer. É desejar compreender a composição química e o que há abaixo dessa silhueta e desses cabelos. Carinho profundo de irmanar duas almas sem prejuízo do que já são.

Respeitosamente silencioso, confortável na platéia da tua mente, quero ouvir o marulhar rebelde do que pensa e sente tua juventude confusa. Rir e chorar baixinho, acompanhando o drama do teu eu. Te entender profundamente e me entender esse coadjuvante de você que quer também alterar o rumo da tua história.

Somos espectadores e estrelas da vida um do outro em fusão de duas individualidades que resultam em duas maiores ainda entidades separadas.

E é isso que é amor.

4 comentários:

Anônimo disse...

http://www.youtube.com/watch?v=TTOamnCUP0w

Ozzer Seimsisk disse...

Eu queria ter escrito isso.

Ro Manne disse...

Escreva então.

allophiliac disse...

=)